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Promoção de segurança e combate a violência racial


SEMUR debate violência racial e segurança pública 


No Seminário "Segurança Pública, Promoção da Igualdade, Direito e Responsabilidade de Todos", a SEMUR participou de um Painel, ocorrido na quinta feira, 07 de agosto, com o tema "Racismo, Violência e Relações Étnico - Raciais". Participou também da conferência a Ativista do Movimento Negro e Movimento de Mulheres, Luiza Bairros; a Procuradora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dora Bertúlio e o Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, Almiro Sena.

"A discussão sobre racismo deve ser encarada de maneira que os negros não sejam vistos como um problema, como se apenas esta parcela da população reconhecesse esta realidade" atentou a ativista do Movimento Negro, Luiza Bairros, afirmando que ao mesmo tempo em que os negros são vítimas de atos racistas, perdem benefícios de todos os âmbitos sociais, enquanto os brancos ganham.

"O debate sobre a violência racial não pode ser entre os próprios negros, entre entidades que lutem pela causa" ressaltou a ativista do Movimento Negro, sobre o fato que os negros que atuam na segurança pública não devem ser vistos como inimigos, ao passo que estes vivem em sua maioria em comunidades periféricas, de maioria negra, de onde surgiram os movimentos sociais da cidade.

Para a Procuradora da UFPR, Dora Bertúlio, a produção da ideologia racista no Brasil está atracada ao Estado e ao Direito, sendo a discriminação racial algo imposto, e por este motivo, institucionalizado desde o período do colonialismo. "Após a abolição da escravatura os negros eram chamados de ex-escravos, e não como cidadãos, indivíduos" elucidou a procuradora, explicando que este fato levou a criação errônea do "ser negro" como algo ruim, embutido no senso comum. "Devemos pensar uma segurança pública onde o negro seja tratado como cidadão, um membro integrante da nossa sociedade", concluiu a professora.

Já o Procurador da Justiça, Almiro Sena, é necessário o esclarecimento para os policiais, de maneira que o estereótipo do bandido, como cidadão negro e da periferia e de idade entre 15 e 30 anos, seja revisto.


Fonte:http://www.reparacao.salvador.ba.gov.br/index.phpoption=com_content&task=view&id=412&Itemid=79